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Quando a história de alguém se mistura com a nossa

A empatia não deve sobrepor-se aos limites pessoais. Conhecer a história de alguém é saber como essa história pode mexer com a minha. É sobre assumir a responsabilidade de cuidar de mim, sem deixar de observar o outro.

 

Somos esta combinação entre a necessidade de individualidade e de inter-relação. Nesta inter-relação, inevitavelmente se faz “uma dança” entre o que é meu e o que é do outro. Com as pessoas que não são próximas, talvez a pisadela no pé quando se sai do ritmo, não nos magoe tanto. Mas com as pessoas com que dançamos frequentemente e com quem até queremos acertar no passo, cada calcadela assume outras dimensões.


Façamos o exercício de imaginar que a pessoa com quem estamos numa relação amorosa, tem na sua história, um conjunto de experiências que a fazem percecionar o mundo como inseguro e tem dificuldade em confiar nos outros. A forma como essa perceção nos chega, pode fazer-nos sentir que a pessoa não confia em nós, que nos vê como incapazes (de oferecer segurança, de resolver uma situação, de estar presente). Se nos perdermos na narrativa do outro, podemos chegar ao ponto de questionar a segurança/confiança (em nós e no mundo).


Mãos a sustentar uma planta verde
Somos esta combinação entre a necessidade de individualidade e de inter-relação.

Se, com curiosidade, entendermos as feridas do outro, podemos ganhar o espaço necessário para que a história se aproxime, mas não se misture com a nossa. E que bonito pode ser, a partir desta tomada de consciência, começar uma nova história.

Conhecer a história da outra pessoa, permite-nos compreender que alguns padrões de comportamento e/ou pensamento, estão relacionados com o próprio e não connosco. Ajuda-nos a acolher o processo de cada um e a entender qual o nosso papel na dinâmica que estabelecemos com aquela pessoa.


A empatia não deve sobrepor-se aos limites pessoais. Conhecer a história de alguém é saber como essa história pode mexer com a minha. É sobre assumir a responsabilidade de cuidar de mim, sem deixar de observar o outro.



Autora e Psicóloga Clínica RUMO


 

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