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“Boa noite"? Como os problemas de sono afetam a saúde

Mas quantas vezes é que a noite é de facto boa? Infelizmente os problemas de sono são altamente prevalentes na população a nível mundial. Dificuldades em adormecer, leveza do sono, sono agitado, sono fragmentado, são queixas que se podem ouvir numa consulta médica ou de psicologia.


Efeitos da falta de sono

Os problemas de sono estão associados a desequilíbrios metabólicos, hipertensão, diabetes dificuldades, que normalmente são mais visíveis quando somos mais velhos. Podemos então pensar que as consequências dos problemas do sono são para os velhos, mas não.


Ao dormirmos continuamente mal em qualquer idade estamos a pavimentar o caminho para estas doenças. De qualquer forma, mesmo sendo mais novos, confrontamo-nos com o efeito imediato dos problemas de sono como o aumento dos níveis de stress, dificuldades de atenção, concentração e memória e desafios na regulação do humor (irritabilidade exacerbada, agressividade, visão negativa do mundo). Estes últimos sintomas podem culminar em quadros de psicopatologia como ansiedade generalizada ou depressão.


Dificuldades em adormecer, leveza do sono, sono agitado, sono fragmentado, são queixas que se podem ouvir numa consulta médica ou de psicologia.

Tratamento

A psicopatologia por si só também pode ser a causa dos problemas de sono, assim como doenças respiratórias, por exemplo. O tratamento dos problemas do sono depende das suas causas e pode ser trabalhado por diferentes profissionais em colaboração. O uso de psicofármacos é uma solução frequente, que deve ser utilizada a curto prazo de acordo com as recomendações internacionais. A terapia cognitivo-comportamental também tem mostrado efeitos promissores. Contudo, não há fórmulas mágicas para resolver os problemas de sono e por vezes um retorno a um sono de excelente qualidade não é possível.


Recomendações

Os esforços para compreender melhor o sono continuam a ser feitos por parte de investigadores de todo o mundo. Algumas recomendações podem ser transversalmente adotadas por quem tem dificuldades no sono ou quem simplesmente quer melhorar os seus hábitos, tais como:

  • Tentar dormir entre 7 a 8 horas

  • Procurar manter os mesmos horários de deitar e acordar

  • Evitar exercício físico nas horas que antecedem o deitar

  • Evitar refeições pesadas no período noturno

  • Procurar usar pouca luz ou luzes de baixa intensidade, mais amareladas no período noturno

  • Expor-se diretamente à luz do dia ao acordar


Se estiver a ser difícil adotar estas práticas ou se mesmo usando-as não sentir melhorias, procurar um profissional de saúde pode ser o primeiro passo para tentar melhorar o seu sono.


Psicóloga Clínica &

Estudante de Doutoramento na Faculdade de Psicologia e

Ciências da Educação da Universidade do Porto




 

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Referências: U.S. Department of Health and Human Servives; National Institutes of Health; National Health, Heart, Lung and Blood Institute (2005). Your guide to healthy sleep. NIH Publication; Worley S. L. (2018). The Extraordinary Importance of Sleep: The Detrimental Effects of Inadequate Sleep on Health and Public Safety Drive an Explosion of Sleep Research. Pharmacy and Therapeutics, 43(12), 758–763.


Fotografia por Annie Spratt no Unsplash


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