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5 dicas para mais otimismo e saúde mental na fase de desconfinamento

Em Portugal, o Governo já anunciou as novas medidas para a fase de desconfinamento, que acontece já na próxima segunda-feira, 18 de maio. Novos ajustes serão necessários mas continua a ser essencial a responsabilidade e consciência, para connosco e para com o mundo, cultivando uma atitude resiliente e paciente sobre o que ainda é o futuro (e desconhecido).


O exercício do otimismo


Estarmos otimistas é um exercício que, como qualquer outro, necessita de disciplina e compromisso - pode ser apreendido e otimizado com a prática. É importante conseguir analisar cenários menos favoráveis e entender que, mesmo nessas situações, conseguimos tirar algo de construtivo e, quem sabe, positivo. Dar outro significado. Assim, mesmo que desafiante, pode ser interessante concentrarmo-nos naquilo que podemos fazer - ao invés do foco no que nos foi impedido. 





5 dicas para melhorar o teu dia - para mais otimismo, bem-estar e saúde mental


1. Pensa em 3 coisas boas que fazem parte da tua vida

O "botão" gratidão já é mais que conhecido. Mas será "bem" aplicado e adaptado? A gratidão é uma ferramenta poderosa que está sempre ao nosso alcance. Pode ser importante para lidar com situações mais difíceis ou com momentos menos bons da vida. É um exercício muito prático e simples quando tentamos encontrar coisas boas num dia menos bom.


O mais importante é que seja utilizada silenciosamente - num olhar e espaço interno - ao invés de ser "exposto", nas tantas variações de hashtags conhecidas.

Pode ser fácil sentires-te agradecido por coisas tão simples como um banho quente, a satisfação por aquele copo de água ou um tecto sobre a cabeça. Todos os dias podemos conseguir encontrar algo pelo que agradecer e, num momento em que nos "tiraram" algo que era dado como garantido, a liberdade, é fácil notar aquilo pelo qual, se calhar, não estávamos assim tão gratos: abraçar, beijar, caminhar livremente na rua, beber um copo com os amigos, ir ao cinema, fazer planos com o nosso tempo futuro.

2. Movimenta-te

Mexer o corpo não tem que pressupor realizar atividade física (sendo esta muito importante) - já que, para algumas pessoas, a ideia em si, pode apresentar alguns desafios. Movimentar é a palavra de ordem. Dança com os miúdos, dança sozinho enquanto ouves a música que mais gostas, dança enquanto lavas a loiça ou arrumas a roupa, dança sem música, faz alongamentos, limpa a casa. Sim, limpa. Mantermos o espaço à nossa volta organizado traz toda uma nova disposição, um outro estado de espírito. E, de alguma forma, ajuda a "arrumar" também a (nossa) casa interna, os tantos espaços dentro de nós.


Respeita e celebra o teu espaço, como te respeitas a ti próprio. A questão poderá surgir: no que não te tens respeitado? 

Desocupa(-te), livra-te daquilo que não te faz falta. Roupas a mais, revistas, livros, folhas e ruído, abre aquela gaveta: do que está cheia? Deixa ir tudo aquilo que não utilizas, que já não te serve (metafórica e literalmente). Irás perceber do quão pouco precisas para estar simplesmente bem.


3. Faz uma bebida para ti, faz(-te) um mimo

Desfruta de uma bebida, que te sabe como um abraço, num momento só teu. Chocolate quente, um cocktail, um chá, um café… faz para ti, por ti, com muito amor. Com intenção, é uma forma de autocuidado. Se possível, saboreia também este momento num local onde estejas em paz, em boa solitude, mesmo que esse local seja apenas o WC.


4. Faz as pazes com a ideia de que nem tudo está sob o teu controlo

Aceitar que, muito do que vives, não está sob o teu controlo torna a vida definitivamente mais fácil de experienciar. E isto não é desresponsabilizares-te mas sim compreenderes onde podes colocar a tua energia, foco e dedicação.


Assume a responsabilidade no que efetivamente controlas. Como um treino, é uma habilidade que necessita de disciplina, autoconhecimento e consiência - será muito eficaz para ajudar a diminuir a preocupação, muitas vezes, excessiva do dia-a-dia. Vais notar que terás mais "espaço" emocional e disponibilidade para te concentrares e conectares no que vale a pena, ativando o poder de mudança ou ação.

5. Cultiva novos saberes

Estamos todos ainda meio que "presos" em casa, a trabalhar ou não, com filhos, com colegas de casa, com companheiros ou sozinhos. Alguns pais estão a aprender a ser explicadores e, os jovens adultos, que costumam comer as refeições congeladas, agora até já fazem pão. É um bom momento para te dares a oportunidade de experimentar e aprenderes algo novo.

Não te importes bem com o quê - o importante é ser algo que te dê satisfação e prazer. Que te faça sentido.

Seja uma receita nova, um novo hábito, novos costumes, seja aprender a costurar, tocar um instrumento ou uma nova língua, ou fazer uns rabiscos. Dedica-te ao teu (auto)conhecimento.


6. (*bónus) Ocupa o teu lugar

Devagarinho, vamos cocriando uma nova "normalidade". Mesmo na maior incerteza, podemos ter a certeza de que, neste período que estamos a passar, estamos também nós diferentes. E está tudo bem. Reconhece essa diferença, reconhece o quão difícil, ou não, possa ser esta experiência de isolamento-desconfinamento.


Ocupa o teu lugar, pela tua diferença. Todos somos únicos e isso é o que nos torna especiais. O que de incrível também reconheceste em ti? Nos teus? Ou pela solidariedade no Mundo? O que é "novo", a novidade, tanto terá de desconhecido como de entusiasmante. São partes do mesmo fenómeno. Porque nem tu, nem nós, nem o Mundo, será igual. 


Respira fundo,

Cuida de ti e do próximo. Um dia de cada vez.

O caminho faz-se caminhando.





Caroline Persego (Community Manager RUMO) &

Carolina Oliveira Borges (Psicóloga Clínica & Cofounder RUMO)




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