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"Nómada, sem te sentires estranho": 6 dicas para mais saúde e bem-estar

"É bom viajar, mas é sempre melhor regressar (a casa)". No passado, costumava ouvir estas palavras com frequência depois de uma viagem com a minha família. Na altura, não sabia o que pensar disso, mas sei agora o quanto é verdade. Não quero dizer com isto que tenha a mesma perspetiva que eles. A minha é de que "é bom ir" - descobrir sobre diferentes culturas, emergir-me em experiências novas e entusiasmantes- e "depois regressar" ao meu mundo, numa espécie de versão melhorada de quem quero ser.


Acima de tudo, foi esta a certeza que ganhei ao longo da minha experiência de nómada. Já mudei de país quatro vezes e, em todas estas, experimentei novos desafios. Quanto mais obstáculos encontrava, mais refletia sobre a importância de "voltar a casa".

Pessoas com máscara, saco, caixa e plástico, distância, diferentes
Denote-se que a ideia de lar não é necessariamente a de um lugar físico preciso, nem um lugar ao qual alguém te diz que pertences.


Hoje quero partilhar seis ideias sobre o que te pode ajudar a tornares-te um nómada, sem te sentires um estranho. Identifiquei alguns aspetos que podem ajudar-te nesse processo:


1. Tornar-se nómada nem sempre é uma escolha, por isso escolhe COMO queres tirar o máximo proveito da experiência.


Ficar preso naquilo que não podes mudar irá muito provavelmente impedir-te de o poderes mudar. Este é um dos muitos paradoxos que a vida tem para oferecer. Abraça a mudança e sentirás a proatividade e a resiliência a ganhar espaço.


2. Tenta entrar o mais possível na cultura do país/região de destino.


Aprende (ainda que um pouco) a língua, explora o local e familiariza-te com o seu povo e hábitos gerais. Quanto mais o fizeres, mais fácil será para ti conhecer os aspetos com os quais te identificas e aqueles que não. Além disso, ajudará a acelerar a sensação de que “encaixas”.


3. As ligações sociais reduzem os sentimentos de solidão e depressão.


Somos todos animais sociais, por isso uma das coisas que poderás achar útil é encontrares a tua própria "Tribo". Quer seja um grupo de trabalho, aulas de cerâmica, ou um evento ao ar livre, procura pessoas que possam ter interesses semelhantes aos teus e permite-te construir uma rede de suporte social. Mesmo em tempos de pandemia, ainda podes fazê-lo, respeitando as restrições necessárias.


4. Mantém uma rotina consistente e saudável.


Viajar pode ser tão entusiasmante como cansativo. Pode ser avassalador não saberes o “prazo de validade” do teu projeto ou, por outro lado, saberes exatamente que terás X de tempo para te acomodares numa nova cidade. Além disso, e independentemente de onde estiveres, o ser humano é criatura de hábitos, por isso mantém rotinas que já tragas dantes: essas aulas de yoga, aquele passeio matinal na natureza, ou aquela videochamada com a família e amigos aos domingos à noite. Pequenos hábitos são também extremamente importantes: o café da manhã, manter um horário de sono saudável, o horário habitual das refeições, por exemplo.


5. Aprende a importância de estabelecer objetivos S.M.A.R.T.


Com tanta coisa a acontecer numa época por si só de grandes mudanças, poderás dar por ti a sentires-te perdido/a. Queres desfrutar da experiência tanto quanto possível e, para isso, é melhor haver foco na organização. Esboça objetivos específicos, mensuráveis, realizáveis, realistas e temporalmente acessíveis a fim de conseguires seguir um plano diário, semanal, ou mensal.


6. Encontra o teu sentido de pertença.


Concentrares-te numa rotina não te dará apenas uma sensação de estabilidade, como também ajudar-te-á a sentires-te “em contacto" com quem és como pessoa e a manteres-te fiel a ti próprio. Encontrar-te-ás sempre nos teus valores, nas tuas potencialidades e recursos, nos teus limites, e na sempre importante capacidade de inteligência emocional e autoconhecimento que podes ir desenvolvendo.


Cada experiência é única, por isso espero que consideres a tua experiência nómada uma bela viagem.

Contudo, se assim não for e deparares-te com dificuldades, fala com as pessoas que tens à tua volta. Também poderás encontrar ajuda profissional para te ajudar a gerir melhor os pensamentos e as emoções envolvidas no processo.






Sofia Correia Alegria






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